De J.Rocha Paiva a 21 de Outubro de 2009 às 15:18
Nos anos dos fascismos e dos nacionalismos ascendentes -anos 30- o esco/u/tismo passou por várias situações diferentes: da tentativa de aproveitamento pelos vários regimes autoritários em ascenção, que incluíu a "tomada por dentro", até à proibição simples. Na Alemanha hitlereana o escutismo foi proibido * a favor da obrigatória Hitler Jugend (cuja estrutura a "M.P." copiou ) e houve alguns grupos que chegaram mesmo a participar na resistência - caso dos escoteiros da "Schwarzen Schaaren" que se juntaram com várias associações juvenis proibidas (juventudes socialistas, judaicas,comunistas). Por cá, pese embora algumas convergências ideológicas - a "Mocidade" era nacionalista os esco/u/teiros eram "patrióticos"- houve várias fricções e tentativas de proibir as organizações esc0/u/tistas por alegado "internacionalismo" e "anglofilia" (o que naquele tempo era um "desvio grave"...). No Porto, nas vésperas de um esperado decreto salazarista de extinção da " Associação dos Escoteiros de Portugal "(AEP) ,muitos grupos chegaram a ir esconder o seu equipamento e a enterrá-lo pelos montes para não ser arrolado e entregue à "Mocidade Portuguesa".
No entanto, no Norte, estavam as autoridades salazaristas mais ou menos descansadas já que a Chefia regional da AEP estava entregue a um nazizófilo, Amâncio Salgueiro Júnior, que acabou, apesar de algumas resistências de jovens chefes de grupo, por imprimir um cunho e perfil que se aproximaqva mais da "H.J." nazi do que do Scouting! De resto, desde o controlo de alguns grupos, tanto na AEP como no CNE por agentes da PIDE e figuras gradas do regime, até jovens escoteiros que participaram na resistência ao fascismo e na oposição activa à guerra colonial, houve de tudo! De qualquer forma, o que não duvido é que um determinado tipo de esco/u/tismo, praticando uma pedagogia própria -o"learning by doing" e cultivando um espírito internacionacionalista e anti-xenófobo e anti-racista, e a ligação profunda à Natureza (que resta...)continua a ser um bom complemento às insuficiências da Escola. Para mais informações sobre estes temas, consultem o site da AEP (Escoteiros de Portugal) ou por nossa parte -TERRA VIVA!Assoc.Ecologia Social - Projecto REGRALL (Eco-Escotismo, laico) . Para uma visão mais actualizada do actual Esco/u/tismo, aconserlho a leitura de um livro editado há uns anos pelo CNE (escutismo católico), "O Escuteiro Global", de Frank Opie.

* já no Japão, aliado da Alemanha nazi, ele foi integrado pelo "Estado Imperial" e seguiu a sua política de preparação da jovem "carne para canhão" - um resultado que contradiz bastante aquela tirada célebre de Baden Powel, fundador do Scouting, de que "O melhor patriotismo é o respeito pelas pátrias dos outros"...-como aliás o contradiz já durante a fratricida primeira guerra mundial...

José A.Paiva - Terra Viva!AES/ REGRALL-Porto
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